Quando procurar ajuda profissional?

28 de novembro de 2014

Quando falamos de sexualidade, logo pensamos em comportamento sexual, porém esta é uma grande confusão atual, pois sexualidade está ligada a maneira como esta pessoa age no mundo, ou seja, a maneira como se veste, anda, fala, cheira, faz sexo e etc. Neste sentido, o simples fato de uma pessoa escolher ter ou não ter sexo, também perpassa pela expressão da sua sexualidade.

Ainda no contexto da sexualidade, temos a expressão do comportamento sexual, esta esfera diz respeito à atividade sexual propriamente dita, no entanto é comum ouvirmos dizeres de que o “sexo é bom, até mesmo quando é ruim!”, porém na verdade, é apenas uma maneira de se lidar com aquilo que se tem controle e que não quer se responsabilizar pela qualidade, ou que não tem ferramentas para distinguir a qualidade da sua vida sexual.

Ao contrário da afirmação acima, a OMS diz que a satisfação sexual faz parte daquilo que compõe a qualidade de vida individual, sendo assim, qualquer individuo tem o direito de exercer uma vida sexual de qualidade e satisfatória desde que esta expressão não venha ferir a integridade biopsicossocial de ninguém e que também não quebre regras morais e legais.

Portanto, quando pensamos que nossa vida sexual não tem a qualidade que deveria e isso causa sofrimento individual, ou conjugal é importante que se procure ajuda especializada com a finalidade de se entender o que de fato tem acontecido e quais são as maneiras de se reestabelecer uma vida sexual de qualidade.

Neste sentido, podemos pensar que qualquer desconforto com a qualidade de vida sexual, pode e deve receber a atenção necessária, pois é muito comum em consultório recebermos pessoas que passam anos sofrendo antes de chegar para algum tipo de tratamento.

Muitas vezes as pessoas tendem a pensar que será passageiro, ou que este sofrimento está ligado ao comportamento sexual, como por exemplo, homens com ejaculação rápida tendem a imaginar que isso é da idade e que quanto mais velho ficar, mais experiência se ganha e assim se supera a dificuldade. Ou mulheres, que aprendem que a atividade sexual dói, e por esse motivo uma dorzinha durante o encontro sexual é esperado e comum.

Ao contrário disso é possível dizer que em alguns casos as coisas acabam se resolvendo, porém em outros casos a dificuldade ganha cada vez mais força, tornando a vida da pessoa em questão cada vez mais sofrida.

Ter acesso ao que acontece consigo mesmo é um direito de cada um, e muitas vezes a vergonha, o medo, e as bases de informações deturpadas acabam inibindo as pessoas de procurarem profissionais especializados e informações mais consistentes, que de fato poderiam ajudar no enfrentamento da situação em questão.

Portanto para qualquer desconforto que se sinta com a expressão do comportamento sexual que seja duradoura e cause sofrimento, é importante que se procure um profissional adequado para tal questão, seja ele um médico, ou um psicólogo.

 

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