Dia do Orgasmo

9 de junho de 2014

Saiba o que é mito e o que é verdade e melhore sua relação

Hoje, dia 31 de julho, é comemorado o dia do orgasmo. Uma série de fatores – como autonomia, autoconhecimento, bem estar físico e psicológico – podem permitir ou impedir que o orgasmo aconteça.

O psicólogo especialista em sexualidade Diego Henrique Viviani, do Instituto Paulista de Sexualidade, explica que, atualmente, vivemos em uma sociedade mais permissível com o sexo amplamente divulgado em inúmeras campanhas midiáticas que priorizam uma vida sexual de qualidade. Mas, se pensarmos socialmente, saímos de um período completamente machista, na qual a mulher muitas vezes vivia à mercê das necessidades sexuais do parceiro e, hoje em dia, existe uma premissa da mulher ‘super sexual’, que precisa ser intensamente ativa e ter orgasmos em todas atividades sexuais. “Tudo isso gera cobranças sociais e acaba criando muitas crenças, mitos e tabus. E, para que o orgasmo seja vivenciado é importante que esta mulher se permita ter prazer. É um comportamento aprendido”, afirma. A dica para as mulheres é terem sempre uma conversa aberta sobre o assunto com o parceiro, pois só assim irão descobrir o que pode ser feito para que se sintam mais a vontade na relação. “O casal deve ter uma boa comunicação antes, durante e depois do sexo”, orienta.

Ele explica também o que é mito e o que é verdade quando o assunto é o orgasmo. Confira:

Depende do homem saber fazer com que a mulher atinja o orgasmo – Mito

Muitas vezes as pessoas acreditam que o homem escolhido tem de descobrir o que elas gostam, os pontos mais sensíveis, etc. Mas estamos falando de corpo humano e de uma infinidade de sensações que podem ser exploradas, o que torna quase impossível que alguém descubra sozinho todos os locais onde gostam de ser tocados. Ensinar o que deve ser feito não é uma cobrança, mas sim intimidade, pois mostra à pessoa escolhida o que fazer, o que não fazer e onde tocar, para que a vida sexual possa ser vivida de maneira satisfatória e mais intensa.

As mulheres que se masturbam têm mais facilidade para gozar quando estão com o parceiro – Verdade

É possível que as mulheres que se conheçam tenham maior facilidade em ter orgasmo em uma atividade sexual, pois quando se permitem ter prazer individual, além de explorar o próprio corpo estão se permitindo vivenciar o prazer. Porém, é possível encontrar mulheres que conseguem ter prazer individual, mas que não conseguem com o parceiro. Caso a falta de orgasmo persista, o mais indicado é procurar ajuda especializada, pois todo mundo tem o direito de ter uma vida sexual de qualidade.

Uma relação sexual pode ser satisfatória para a mulher mesmo se ela não gozar – Depende

Existem relatos de que nem sempre as mulheres chegam ao orgasmo e que isso não impede a relação de ser prazerosa. Mas são experiências isoladas. Falar de uma vida sexual sem orgasmos em todas as relações poderá ser satisfatório por algum período, mas é possível que, ao longo do tempo, essa relação vá perdendo a qualidade. Caso isso comece a acontecer com certa frequência, é importante que o casal tenha diálogo e tente compreender o que de fato está acontecendo, sem cobranças, pois se em algum momento o orgasmo esteve presente na vida sexual, provavelmente voltará a acontecer.

O orgasmo clitoriano é diferente do que ocorre com a penetração – Verdade

Existem relatos de diferenças entre os orgasmos, principalmente por que no clitóris existe uma maior concentração de terminações nervosas em um único lugar. Para algumas mulheres, a sensação poderá ser mais intensa no clitoriano, enquanto para outras a sensação será melhor no intravaginal e, por fim, outras terão a possibilidade de ter atividade sexual juntamente com a estimulação manual do clitóris, para assim chegar ao orgasmo, ou mesmo as que acharão os dois agradáveis, não sabendo diferenciar um de outro.

Existem determinadas posições que favorecem o orgasmo – Depende

A escolha de posição é altamente subjetiva, como a própria percepção de prazer e lugares mais sensíveis.

O ponto G realmente faz diferença na relação sexual – Mito

Alguns estudos indicam uma maior concentração de terminações nervosas no primeiro terço da vagina, o que facilita a percepção de prazer e muitas vezes é associado ao ponto G. Porém, o ponto G ainda não foi identificado cientificamente e nem se sabe se ele de fato existe. O ideal é explorar o corpo todo, pois existem uma infinidade de sensações prazerosas que podem e devem estar presentes nas atividades sexuais.

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