Escala de Auto-Eficácia Sexual – Função Erétil (versão E) Estudo de Validação Clínica no Brasil

27 de abril de 2014

INPASEX –  Instituto Paulista de Sexualidade
GEPIPS – Grupo de Estudos e Pesquisas do INPASEX
Rua Angatuba, 370 – Pacaembu São Paulo/SP – Brasil
Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Elaine C. Catão
Itor Finotelli Jr.
Fernanda Robert de C. S. Silva
Diego H. Viviani

Introdução

Bandura (1986) ressalta que, entre os vários aspectos da auto-percepção, aqueles que exercem maior influência no dia-a-dia das pessoas são exatamente as concepções que possuem sobre sua eficácia pessoal. A eficácia envolve a capacidade generalizada de organizar habilidades cognitivas, sociais e comportamentais, e orientá-las para um determinado propósito. As crenças de
eficácia contribuem tanto para o aumento da motivação quanto para a seleção de estratégias cognitivas adequadas à solução de um determinado problema (Bandura, 1997).

O senso de auto-eficácia torna-se um preditor do comportamento futuro, assim como também irá determinar o quanto de esforço será investido na busca de um objetivo e o nível de persistência frente aos obstáculos encontrados na execução da tarefa. Quanto maior o senso de auto-eficácia, mais vigor e persistência serão demonstrados pelo indivíduo (Bandura, 1986).

A Escala de Auto-Eficácia Sexual – Função Erétil (SSES-E) é uma escala que utiliza o conceito de auto-eficácia para avaliar as crenças sobre o desempenho sexual e eretivo masculino em uma variedade de situações sexuais. Pressupõe-se que crenças negativas sobre o comportamento sexual geram uma série de fatores, principalmente ansiedade, frente à execução desse comportamento; que conseqüentemente impedem um bom funcionamento sexual (Fichten & cols., 1998; Rodrigues Jr., 1995; Rodrigues Jr., 1999).

Sobre a Escala

Tendo como base os itens dos questionários: Goals for Sex Therapy e Erectile Difficulty Questionnaire; a escala foi elaborada contendo 25 afirmativas sobre o comportamento sexual (exemplo: pensar na relação sexual sem ficar ansioso ou com medo), distribuídas em quatro grupos específicos que incluem as fases do funcionamento sexual: desejo, excitação, orgasmo; e seu desempenho; nas quais o sujeito deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz ou não de realizar tal comportamento e especificar na coluna 2 qual o seu grau de certeza numa escala de 10 a 100, sendo 10 para ‘quase sem certeza’ e 100 para ‘certeza absoluta’ (Fichten & cols., 1998; Rodrigues Jr., 1991).

A escala utiliza medidas baseadas em auto-relato para sua mensuração, sendo elaborada para uso clínico, especificamente para avaliação das disfunções sexuais masculinas; podendo ser empregada também para compreensão cognitiva do funcionamento sexual, evolução do tratamento e avaliação por pares (pela parceria) corroborando com as respostas dadas pelo sujeito sobre sua eficácia sexual (Rodrigues Jr., 1999).

Para correção considera-se que todas as notas acima de 80 confirmam comportamentos sexuais apropriados. Entre 80 e 50 caracterizam-se comportamentos sexuais com baixa confiança, devendo ser avaliados e abaixo de 50 demonstram problemas no comportamento sexual, e mesmo não havendo tal dificuldade, o comportamento se encontra fragilizado podendo acarretar uma possível disfunção ao qual se associa (Rodrigues Jr., 1995).

Publicado originalmente em https://psicologia.inpasex.com.br/index.php/gepips-escala-de-auto-eficacia-sexual-funcao-eretil/

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